Home » Município » Concelho » História » Alcácer e os últimos cinco séculos
Em 1502 o célebre matemático Pedro Nunes nasce no concelho, provavelmente em Vale de Guizo.
Saliente-se ainda a importância de Alcácer do Sal na sustentação dos Descobrimentos Portugueses. A qualidade do pinheiro manso que abundava na região era tal que esta madeira era utilizada para algumas peças da construção naval e na própria construção das embarcações. Em termos económicos, a agricultura continuava a ser a atividade predominante, tirando partido da fertilidade da terra, mas simultaneamente assistia-se ao incremento da atividade comercial.
Em 1758 Alcácer do Sal possuiria, segundo o pároco de Santiago, 436 fogos e 1.543 pessoas, a que se deve adicionar os 330 fogos e 1.342 pessoas que o padre Bernardo Osório, prior de Santa Maria, registava existirem na sua freguesia nesse mesmo ano.
Não se poderá negar o contributo fundamental que o rio Sado garantiu ao incremento das trocas comerciais. Pela sua navegabilidade, que chegava a Porto Rei, permitia a deslocação de embarcações até cerca de 50 milhas da costa, escoando-se por esta via grande parte da produção agrícola do Alentejo. Casas de frontões triangulares e volutas lembram o período áureo da exploração do sal.
Os sécs. XVIII e XIX terão constituído momentos altos no recurso ao rio enquanto grande via de penetração no Alentejo. As suas especiais características acabaram por proporcionar o surgimento de um conjunto de embarcações específicas, de onde se destacam os laitéus, as canoas, os galeões (primeiro de pesca de cerco e depois de transporte de sal) e os iates, todas usadas no transporte permanente de mercadorias.
Já nos nossos dias, muita dessa importância se perdeu. Com a crescente utilização do caminho de ferro, o recurso ao rio foi sendo progressivamente abandonado, ainda que se tenha conservado até à primeira metade do séc. XX.
Atualmente vive-se um novo ciclo na história de Alcácer. De costas voltadas para o rio desde meados do século XX, assiste-se hoje ao enaltecimento do Sado como uma “mais-valia cultural” que urge enobrecer, contribuindo deste modo para evitar que Alcácer se dilua no Alentejo Litoral e que se afirme como um espaço diferente a descobrir por quem visita o concelho.
These cookies are necessary for the functioning of the Platform and cannot be deactivated on our systems. This type of cookies includes only basic functionalities, and they do not store any personal information.
These cookies allow the portal to provide improved functionality and customization. They can be established by us or by external suppliers whose services we have added to our pages. If you do not allow these cookies, some of these features, or even all of them, may not work correctly.